Entrevista com o nosso autor Pedro Ferreira

Pedro Miguel de Almeida Ferreira, natural de Lisboa no ano de 1980, onde viveu até aos 9 anos, idade com que se mudou para uma aldeia beirã de Castro Daire. A infância repartida entre a cidade e o campo foi enriquecedora e marcante e deu lugar a uma adolescência onde o autor descobriu o prazer pela escrita e a foi desenvolvendo e cultivando permanentemente.

No secundário escrevia para o jornal da escola, nesse período pensou em seguir jornalismo mas, fascinado e influenciado por alguns dos professores que fizeram parte do seu percurso, o seu caminho seguiu para uma formação académica como professor.

Lecciona desde 2003 e actualmente trabalha no Agrupamento de Escolas do Restelo, com janela para o rio Tejo, um quadro de beleza ímpar e frequente fonte de inspiração.

Com a edição deste primeiro livro eleva ao expoente máximo a afirmação que refere com frequência de que os poemas que escreve quando emergem deixam de ser seus e passam a ser de quem os lê.

 

Que temas você explora frequentemente nas suas obras?

R: Escrevo sobre tudo o que me prende, me capta a atenção num determinado momento ou circunstância. A minha escrita não tem temas preferenciais, tem histórias retratadas pela minha sensibilidade.

 

 

Qual é o seu processo criativo ao escrever um livro?

R: Eu editei o meu primeiro livro, onde reuni um conjunto de poemas, que não são propriamente fruto da criatividade, mas sim da inspiração, da passagem para o papel das minhas vivências.

 

Existe algum tema ou género literário que gostaria de explorar no futuro?

R: Por acaso ando a maturar a ideia de escrever um livro infantil, veremos o que o futuro reserva.

 

 

Como você lida com os bloqueios criativos ou momentos de falta de inspiração?

R: É uma situação muito fácil de lidar, nessas alturas não escrevo. Aliás sempre que escrevo é porque algo me leva a tal, é um ímpeto que toma conta de mim e então a escrita acontece. Eu não fico agitado entre aspas se não escrever durante um período de tempo, somente vivo o meu quotidiano e, se a agitação, um bom pseudónimo para inspiração, se assolar de mim, então escrevo nesses períodos. Tudo com naturalidade.

 

 

Quais autores ou obras influenciaram a sua escrita?

R: Tenho alguns, sou um leitor ávido, mas à cabeça refiro os meus mestres Miguel Torga e Fernando Pessoa. Acrescentando, pela delicia que tenho em ler as suas crónicas, António Lobo Antunes.

 

Que conselho você daria aos escritores aspirantes?

R:Sendo eu próprio um aspirante, o conselho que se me oferece dizer é que sejam resilientes, que tenham sonhos e se movam por os concretizar.

 

 

Quais são seus hobbies ou interesses fora da escrita?

R:Desfrutar de todos os momentos familiares e ver crescer os meus dois filhotes, participando no processo dando-lhe as ferramentas para serem felizes e bons cidadãos.

Também sou treinador de futebol de formação, e dá-me um enorme prazer desenvolver os miúdos na prática do desporto e ajudar na formação humana em simultâneo.