(...)

 

Vive-se, sonha-se...

Acredita-se, inclusive...

Mas não se é feliz porque se sonha

E muito menos porque se vive.

 

É-se  feliz, normalmente, com prudência,

Tornando-se a felicidade, num mero sorriso tristonho...

Só os afortunados vivem-na, totalmente, por excelência,

Pois só estes são capazes de viver o próprio sonho.

 

Tornas-te, inevitavelmente, do que eu sou, mais de metade,

Fazendo, então, com que os meus olhos ao coração acudam...

Pois és o único ser que, constantemente, na verdade

Faz com que a realidade e o sonho, para mim, se confundam.

 

Não tem, então, definição, a causa deste meu estado...

No entanto, revelo-a, pois a isso os meus versos exigem

Pois , apesar de não saber, minimamente, a definição do que eu sinto

Sei, contudo, a sua inevitavel origem.

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