Azenha Derrubada

Azenha derrubada

No meio do pinhal perto da azenha derrubada, paro e sinto o suor do meu corpo, tiro a camisa e deito-me debaixo de uma azinheira.

Paro quase sempre por exaustão, para ganhar fôlego, descansar os braços e sentir o calor das tardes do mês de agosto… Olho para cima e vejo o azul do céu, está salgado com pequenas nuvens que se desenvolvem verticalmente sem esconderem o Sol.

É bom estar deitado no chão e sentir a terra e o sol. Por vezes adormeço até tu chegares; quando estou mesmo cansado, o chão é uma cama e o céu o melhor dos lençóis.

Quando chegas podemos ficar em silêncio deitados a olhar o mundo, sentimos o pinhal e ficamos deslumbrados com os castelos de nuvens que parecem obras da imaginação de Gaudí.

Os castelos param o tempo e a lua chega para nos fazer ficar.

O inverno pode esperar…

(11/01/2015)

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