Beleza de Mulher

Como te venero, como te admiro, 
ao ver-te assim desse teu altivez 
ao ver-te assim tão flamejante, 
tão ardente 
solta os cabelos ao vento
faz deles a tua bandeira 
do teu corpo o teu estandarte 
da tua alma a tua fogueira 
do teu perfil as tuas formas de arte 
vou compor-te uma ode triunfal

Põe no rosto o toque de pintura 
veste o teu melhor vestido 
de vermelho carmim 
é esse teu decote 
tão deslumbrado 
tão perfumado 
de fragrâncias aromáticas

Tu que passas na rua 
a despertares curiosidade 
a espalhares esse teu charme 
tão natural e tão profundo
fiz desse teu olhar 
o meu horizonte
e dessa tua voz 
fiz dela a minha fonte

Tu que vens a trote do lago mais profundo
toma as rédeas, caminha, devagar, 
faz da tua liberdade a tua avenida 
nessa tua mão deserta

Ao virar de cada esquina
cuidado não vá o Sol queimar
não queiras apenas ser 
um corpo de prazer

Eu te venero, eu te admiro, 
por mereceres todo o respeito 
de cada vez que me carregaste 
do peso que te dei, 
das noites mal dormidas 
as alegrias que provoquei 
faz do teu grito o meu despertar 
a melodia de dormir 
a mão de ternura a aconchegar
voz e imagem a sonhar 
imagem que vive a lembrança 
que fez de mim a criança 
que gosta de recordar
obrigado por existires 
por hoje te poder escrever

Poeta dos Tempos Modernos

 

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