Dueto

FRAGMENTOS - DUETO - João Murty/Joana Aguilar

DUETO: João Murty/Joana Aguilar

POEMA ADORMECIDO

Poeta tímido, que te escondes no silêncio cinzento do teu poema
Castrando a inspiração na brandura da tinta dormente do teu verso
Eu moro onde habita a tua dor, nessa estrada que percorre a tua pena
Bebo a água fria do teu lago, onde a inspiração, ascende ao universo.

O universo por trás da cortina

Não sei como me sentir perto de você
A vibração que nos atraí é intensa como o mar
No seu olhar há uma imensidão de mistério que preciso desvendar
Se pudesse juntaria todos os continentes outra vez só para sentir teu toque novamente
Eu traria os sons do universo para cantar nosso amor
Como a lírica dos pássaros tão calma e singela. Meu cantar só tem melodia contigo
Assim como a poesia mais bela, seu toque recitando meu corpo como um paladar adocicado e inebriante

Dueto..MEUS FILHOS Moisés Cordeiro /PAI... Madalena Cordeiro

                                MEUS FILHOS

33             Eu sou analfabeto mas esperto,

                    Meus amigos me perguntam:

                             Moisés, como vai?

                       Eu respondo... Muito bem!

                            Porque eu sou pai!

 

                     Criei os meus filhos na roça,

                           Todos têm educação...

                           Não os ensinei a ler,

                        Porque nunca fiz uma lição.

 

DUETO: Nereide - João Murty "ESPERANÇA"

ESPERANÇA

Esperança!
Uma palavra
Um nome
habita meu Ser.
Transita ou adormece.
Estanca!

Na vida há que se ter.
Nesta vida descabida,
um momento de festança
Meus olhos ao reter
a figura da criança.

Seguir o caminho do instinto
servindo como alimento.
sigo sempre faminto.
Mas o dia haverá
sendo até labirinto,
com alegrias e sofrimento,
pelo caminho que me seduz,
encontrarei um raio de luz.

Esperança!
Uma palavra
Um nome.

DUETO - SONHOS DE POETA - Carlos Bradshaw Alves / João Murty

SONHOS DE POETAS

Domina-me com o teu corpo os meus anseios
Saboreia-me por inteiro nos meus receios
Tudo é bom, tudo é raso, com ideias incríveis
Escrevendo liberto-me d'algemas invisíveis

Carlos Bradshaw Alves
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Escrevendo, libertas ideias, encontras liberdade.
Os teus receios são silêncios omnipresentes,
Que à vida te prendem com invisíveis correntes
Os poetas perseguem os sonho e a eternidade,

DUETO - SAGRES - João Murty / Joana Aguilar

DUETO: João Murty/Joana Aguilar

SAGRES

Nesta terra diferente de mar profundo, onde os mitos outrora foram vencidos.
Declamo este poema, a este povo coberto pelo rumor e pelo sal do seu mar.
Circundado por escarpas e ventos fortes, que sopram em todos os sentidos.
Sigo na saga de rumos desconhecidos, inspirado na magia intemporal deste ar.

DUETO - REENCONTROS - João Murty / Joana Aguilar

REENCONTROS

Mulher linda, tranquila, com fogo no olhar
negro cabelo ao vento, tez de rosado fulgor.
Musa de grito fulmíneo de vida e no ciciar
em letras mentais, vou soletrando o teu nome,
Jorro poesia, num eco que radia em crescente rumor,
no ar, um sentimento paira, perdura e me consome.

DUETO - RECORDAÇÃO - João Murty / Joana Aguilar

DUETO: João Murty/Joana Aguilar

RECORDAÇÃO

Nesta água da verdade, tão distantes estão os anos
Que me salvaste do abismo e de emoções tenebrosas
Recolhendo no teu regaço as lágrimas de muitos danos
Brotadas por tantos enganos, suavizado por rosas.

Refletido nesta água vê o teu rosto ardente
Vejo o teu olhar sereno, no pedido que me fizeste
Comissura nos teus lábios, que sorriam docemente
No adeus permanente, do ultimo beijo que me deste.

DUETO - POEMA ADORMECIDO - João Murty/Joana Aguilar

FRAGMENTOS - DUETO: João Murty/Joana Aguilar

POEMA ADORMECIDO

Poeta tímido, que te escondes no silêncio cinzento do teu poema
Castrando a inspiração na brandura da tinta dormente do teu verso
Eu moro onde habita a tua dor, nessa estrada que percorre a tua pena
Bebo a água fria do teu lago, onde a inspiração, ascende ao universo.

DUETO - REBELDE - João Murty / Joana Aguilar

DUETO: João Murty/Joana Aguilar

REBELDE

Não me castres as ilusões, deixa-me sonhar longe das amarras desse amor
Solto desse ensejo e ardor, que me marca e me amachuca em profundos traços
Deixa-me cantar ao vento, libertando em soluços esta minha dor
Até que o sol entre na minha alma e se funda no calor de outros braços.

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