Erótico

Quando voltares...

Quando voltares ao meu corpo,
não tragas somente pele,
arrasta contigo a tua alma,
o teu desejo mais fiel...
ama-me como se me odiasses,
com o ímpeto da vingança,
perfura as minhas entranhas,
com o jubilo da tua pujança ...

Quero ver nos teus olhos,
teus caminhos proibidos,
enquanto castigas-me a carne,
e maltratas os meus sentidos...
Solta-me palavras de ordem,
que só a paixão as conhece,
comanda assim as vontades,
do meu corpo que não te esquece...

O Prazer

O Prazer
 
O prazer que lhe bate a cara,
morde, arranha, marca...
O prazer da língua que não fala,
o gemido de dor,
que causa prazer.
A cara se retorce,
não se sabe de que:
dor?
medo?
prazer!
certamente...
Ainda lhe bate a cara novamente,
porque deixá-la tão feia,
se inchada és mais bonita?
O prazer torna mais belo,
o que já se fez belo.

Tudo arde sobre a pele

Tudo arde sobre a pele

 

O rito das emoções começa Onde e Quando

o soberbo vazio faz nascer no espaço-tempo

o glorioso,

o impávido Amor.

 

Soletro o fogo no alfabeto de mim,

caí o ténue véu que envolve a loucura

decotada dos meus seios,

a nudez paira nos teus olhos soltos

no presente momento.

 

Pérolas de chuva fustigam os corpos,

pele fervente e exsudada combatem

longos duelos de Amor,

quebram –se os princípios entre a espuma que desce

SEU CORPO, MEU DESEJO

Deito meu corpo junto ao seu, 
Sinto seu calor, estas a dormir. 
Ouço tua respiração pauseada pelo sono.
Roço meu corpo ao seu.
 Sinto vontade de tocá-lo, amá-lo.
Mas não quero tirá-lo dos seus sonhos.
Pele com pele, e a minha queima a cada contato.
Quero-o não posso ficar assim!
Preciso de você 
Preciso senti-lo! 
Tenho sede! 
Sinto fome de amor.
Não posso mais...
Minhas mãos passeiam sobre teu corpo.

Amor na chuva

Amor na chuva

 

No calor da noite somos o arder da floresta de chuva.

Perdidos  em pele demais pele vestida de água,

fustigamos o beijo eterno em lábios limitados

e o Amor na chuva começa.

Despimos o preconceito da nudez dos corpos no húmido

enlace de tatos sensuais.

Arfar o teu cheiro por entre as gotículas,

enroscar-te,

morder-te,

queimar os espinhos que rasgam as artérias,

soletrar-me lentamente os limites dos vales e montanhas,

beber - me na fonte de água dissolvente em meu mel e na

Corpo – Homem

 

 Corpo – Homem

Despido do salivar da minha língua,

teu corpo-homem arde em fogo nas cinzas

do olhar  solto de prazer.

No topo do tronco flutuam letras de cabelos brancos,

que marcam a vivência física.

Olhos fundidos no manto verde dos campos,

cercados por cercas escuras da noite,

Inebriam meus-  teus lábios dormentes,

não…, sim…, respirar teu hálito,

prender tua língua na minha,

perder-me no alfabeto do Corpo-Homem.

Escorre pelo meu rosto caricias, carinhos

O Ato

O Ato

Sorvo –te na mente do pecado carnal ,

possante em fogo de chamas ardente

pressiono vaginalmente as paredes do útero

e incendeio o tesão .

Deposita o teu corpo em ardor  e exsudado no meu

regaço e dança a dança do prazer,

mitiga os meus desejos  nos teus lábios suculentos,

abocanha-me os mamilos,

toma-me por inteira,

sacia o corpo em doce ínclita e sedosa pele,

converte-me nesse amor grávido,

 nessa alma inquieta,

caldeia todas as emoções, desnuda o prazer,

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