Poesia de Apresentação
Autor: Falcão Nostalgico on Monday, 23 March 2015Apresentação de mim
Apresentação de mim
Construí um palácio em meu inconsciente...
Meu sonho copulou com diversas fantasias
E minha imaginação pariu alegorias de cristais
Adornadas com adereços coloridos e irreais
Para a edificação de um mundo puro e invisível
Onde a ilusão pudesse temperar o abstrato...
O pensamento modulou de flores o devaneio
Criando no firmamento onírico um céu utópico
Em que idealismos de vida vincularam o prazer
Como substrato fundamental do respirar vital...
(“A escrita salva-nos da loucura” – ORHAN PAMUK, Nobel da literatura de 2006)
* * * * *
Hoje não vou cantar a Vida,
Nem os homens,
Nem os outros animais,
Nem as plantas,
Nem os mares, nem as montanhas,
Nem o vento, nem o sol,
Nem o azul profundo...
Hoje quero ignorar tudo,
Esquecer-me de mim...
Vou até esquecer DEUS!...
Quero fechar os olhos
E fixá-los no Caos distante
- O Zero Absoluto -,
Partindo em alucinada viagem
Para dormir por Eternidades,
Nos braços do Grande Nada.
REALIDADE DA VIDA
Quando eu era criança,
Eu esperava o Papai Noel
Ele nunca apareceu; trazendo nada;
Nem uma gota de mel.
Mas, para quê gotas de mel?
Para tirar o gosto de fel.
Colocava capim e fubá embaixo da cama,
Para o carneirinho do Papai Noel comer...
Amanhecia cheio de formigas;
Os meu olhos, choravam de arder.
Pai pobre, o Natal da criança é pobre.
O Papai Noel não aparece,
As crianças brilham os olhinhos...
É assim na ilusão, elas crescem.
A força que me faz voar, a paisagem que toca no meu rosto
O sopro do vento, leva-me a viajar pelo oriente
Não resisto em passar a mão, sentir o que gosto
Receber boas vibrações, do sol, amigo inteligente
Agarrar-me nas muralhas da china, olhar para o magistral
Sentir a sua história e escutar, os tambores da batalha
Ouvir as prosas de amor as promessas secretas em especial
Liberdade de abraços depois da vitória, a merecida medalha
Caminhar pelos muros gastos, mas eternos sábios