Água nas Mãos

“Há alguém de preto no seu quarto”

Ela me avisou quando exaurido estava

Das batalhas que tive e não me lembrava.

 

O sorriso dela era um sinal

“Recobre suas esperanças, irá precisar delas ao entrar”

Os lábios em silêncio avisavam ao se arquearem.

 

A porta entreaberta não era uma violação

Do lugar vazio, morada do meu corpo noturno

Agora havia outra vida, que de cabelos negros despertava.

 

Em prantos recebi-a em meus braços

Tocando seu corpo, único capaz de provar

Que ela era ela.

 

Precisava guardá-la em algum lugar seguro;

Aquilo tudo parecia um sonho.

 

E era.

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