“Caminho, Homem Morto”

 

 

 

Vindimei o fruto à cepa da raiz;

Para que, da semente, houvesse a casta mais pura…

Quanto desse querer, no vinho, ainda perdura

No meu coração, o sonho, um sentimento matriz…

 

Sim; eu sei: Que das memórias só tenho emoções,

Por jeitos docentes, tristes, de Primaveras esquecidas…

Mas sou quem dita, no papel, sentidos de muitos corações

E de castas, muitas, bastardas! Atitudes vendidas…

 

Que não compro nem vendo, caminhos distorcidos…

A minha corrente afunda-se ao leito do pergaminho;

Qual elevo, ao Mundo, aos rudes, aos certos e perdidos…

 

Também eu me perco, quando me encontro;

Perdendo, em mim, a aventura que guardo no caminho

Se na raiz ainda perdura, o vinho, da cepa, do Homem morto.

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Comentários

Belo poema!

Abraços!

p/ Antônio  José!