“Queixume”

 

 

 

Olhas o horizonte e choras,

No peito, mágoas de amor;

Ao largo, estendem-se todas as horas

Felizes, que trocas por tamanha dor…

 

Teus olhos, ao longe, não querem acontecer;

Fazem-se noite de tamanho negrume…

Golpes, no meu peito, não os vou dizer;

Pesadelos; insónias; queixume…

 

Bem próximo dessas lágrimas, marejo;

Apanhando ventos, em vagas de mar:

Águas bentas, chamando-te ao desejo…

 

Nessa linha, marco encontro e despedida,

Onde teimas, ainda, em chorar

Silenciosas águas, ao ventre da vida.

 

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