Asas


Nas noites conduzo a beleza e a simplicidade 
verdadeira de teu espectro.
Pois é neste momento que a solidão tem asas.
Eu conduzo a vontade sempre intensa e quase perfeita
Sinto a leveza de poder ter asas e voar,
E sentir–se carregado por elas,
Eu perfaço sempre o mesmo delito noite adentro
Amo-te tanto,
Mas sofro dentro das características fracas,
Amar poderia ser a melhor noticia,
A tua companhia poderia ser ainda melhor
Mas eu ando só.
Comigo todas as lembranças ,
Lembrar que derramei sempre o olhar apaziguado
Por este amor, possível aprofundamento de nossas vidas.
Mas impossível foi eternizar teus carinhos
Agora pergunto: porque o que marcou a mim, não pode marcar a ti também?
Se ainda o que sinto me devora e me desrespeita.
Quero voar com toda força,
Voar, esquecer.
Não de voar nem de amar-te
Esquecer por um momento o que é o teu doce e poderoso beijo
Que amo
E hoje não tenho junto aos meus,
Esta tristeza é muita pesada para suportar
Os dias são tristes
Como uma divisão errada
Meu amor não é gotas, ele tem poderes.
Para ser medido melhor
A quem possa decifrar
O amor tão incorreto, que chora sem o tremor dos corpos.
Eu a amo muito, mais do que a euforia destes tempos incorretos.
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