Cantos Rústicos (IV)
Autor: Rui Vaz - leprechaun on Friday, 21 September 2018
Vai o boieiro apascentar o gado
ao raiar da aurora que o sol é nado.
Andam crianças no campo a brincar
como avezinhas em bando a voar.
À noite findam os doces folguedos
voltam os moços para casa ledos.
O recém-nascido no berço jaz
imerso num mar de serena paz.
Deitei-me no verde e adormeci
sonhando assombrado o que nunca vi.
O solo torna claro o pirilampo
no seu voo noturno pelo campo.
O bardo vê com o seu olhar puro
presente passado e o tempo futuro.
Orvalho da noite e terra molhada
húmidas raízes e erva orvalhada.
Sª Mª Feira, agosto 2018
Género: