DIGO(A)

DIGO(A)
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Descartando banalidades, erros,
Maus ambientes… Usando
O que é bom, recordando
O bom, que não há mal sem bem.
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Estar é ir. Respirar profundamente
É respirar. Começar é continuar.
Quem não aprende a bem, sem dor,
Aprende a mal, com dor.
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Dor que não faz falta ao vero(a)
Iluminando(a), integrado(a), inspirado(a)
Que não fala só por falar,
Não anda só por andar…
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Chuva foi para outro lado, mas água
Não abalou; no banco do parque
À sombra sentado ouvindo, observando;
Calor regressado apreciando, louvando.
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Formigas não em carreiro, ora
Uma ora duas aqui, ora meia
Dúzia ali, aparentemente tonteando,
Mas de se cumprimentar não deixando.
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Libertos do apego e do desapego,
Da opressão da ambição, do prazer,
Do engano, da opressão… Para o
Pé a pedra, para a planta o ver.
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E de repente, para mim, três patos,
Nenhuma pata, onde já vira um
Pato e uma pata… Tudo dizendo
A quem tudo me diz… Mais uma volta,
e mais um pato. E, vendo melhor, a pata…
E depois, na estrada, um pato…

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