Ergometria do silêncio

Alvoreceu quase imperturbável esta melodia do tempo,
Alimentando a ergometria do silêncio numa triste e aveludada
Palavra residindo na nomenclatura de uma rima, subtil que em
Festejos depois incondicionalmente ali eclodia
 
Pontiagudas ficaram as estalactites da minha solidão
Namorando cada ressaca dos sonhos que se estilhaçam
Pelo tempo hipnotizado, arguto, refrescando cada desejo metódico,
Absoluto onde descalço o tédio de tantos lamentos apátridas e astutos
 
Murmuram as fantasias repletas de gigantescas alegrias
Percorrendo as veias e artérias dos meus desasossegos onde
Cirurgicamente me refaço num recobro excêntrico petiscando
Com achego este sonho que em nós se orquestra assim saçaricando
 
Pudesse eu ofertar a luz que flui dos meus silêncios mais
Prolongados e decerto iluminaria todo o teu ser egocêntrico
Que reveste os aposentos do amor mais geocêntrico medindo cada
Quilómetro de desejos que quero ainda saborear de modo mais excêntrico
 
FC
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