Fim da relação

Escrevo para desabafar

Livro-me das dores que remoem

Nos calabouços da solidão

Mágoas, feridas dilaceradas

Sentimentos vividos

Mas sentidos pelas entranhas

Nas profundezas do coração

Nem mesmo a poesia

Livra, liberta essas emoções

Escrevo para protestar

Para bradar os famintos anseios

A vontades por amor e paixão

Essa dor parece rasgar

Parece dilacerar a pele,

Arde... queima, consome

Levando a profunda solidão

Introspecto-me ao escrever

Poetizo fazendo ecoar

Minhas rimas pela mansidão

(DiCello, 29/03/2017)