Folhas caídas

Sinto no hálito do tempo uma hora
Esvair-se, tão irreversível, quase previsível
Pura essência de uma brisa chegando invisível
 
Caiem as folhas com um silêncio tão inexprimível
Que a manhã, toda ela, deglute a harmoniosa luz
Defenestrada pela solidão sempre incompreensível
 
Jamais se inadiam as palavras livres e leais
Jamais se algemam sonhos irredutíveis e reais
Até que este verso viceje numa rima compatível e surreal
 
Quase inconcebível deixei minha saudade a marinar
Num odre de memórias tão inconrruptíveis embebedando
Com caricias minh’alma codificada nesta estrofe tão credível
 
Assim transborda a beleza dos teus olhos fechando
As pálpebras aos meus silêncios irrespondíveis
Até que se restaure a plenitude de um carinho inexcedível
 
Deixo por fim estampado na noite um açoite, em eco
Inconfundível perdendo-me na mutação de um beijo
Clonado, tão expressivo…sempre imperdível
 
FC
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Comentários

Boa Tarde Caro Poeta. Agradável e suavel brisa de tarde. É com enorme prazer que leio as suas palavras.

Abraço Fraterno

Miguel Santos