Geyser, está lua cheia

Joel Silva - No cume do Pico

Chegados e vestidos de preto, nós sentados em veludo vermelho a média luz com os dourados e pretos a reluzir à nossa frente. Ao mesmo tempo que pousei a minha mão sobre a tua, a música iniciou o seu rito. Rapidamente o espaço magicou e se transformou. Água e luz, a minha pele sentiu. Hmm.. Gelei, no momento em que o folgo do trompete se esvaziara. Tariituutariiitaa… Continuava.. talvez. Deixei de o ouvir. … tchxii tchxii….Pum, Pa pa Pummm… neste instante, ouvi e arrepiei-o, fiquei desconcertada, as pernas deambulavam de um lado para o outro, os olhos batiam nos tambores, as mãos nas teclas brancas, a cabeça roçava no veludo vermelho. Silêncio.. Acordo lentamente deste sem folgo de tempo perpetuo. Existe magia, acredito que o tempo é mágico. perpetuo. perpetuo. Por fazer, destes noventa minutos,.. sensações! Deixo limpa minha alma, esvaziada naquela sala naturalmente espontânea. Espontâneo será o meu fechar de olhos, nesta noite cheia. Com lua cheia.

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