Infrene

"A arte termina na forma, mas é na emoção que começa."
FERREIRA, Vergílio “Arte Tempo”, edições rolim

Fúlmen, Plutão, borrasca, saraivada,
Taranis de Lucano que abalroa.
Alopsíquica, norte, eixo ou genoa?
Voragem insana que insta a mente alada.

Na fímbria dos meus dedos, quente, ateada,
Ela freme, no enlevo, ábsona soa
A toada, como intrínseca garoa,
Incoa a reivindicar voz n'alvorada.

Geometrizo-a em criação ilocucional,
Adstrinjo-a, tecnicizo-a em fria escansão
Aflo a sublimidade com a qual

Balizar a invernia, a febre de então.
Expugno o caos babélico afinal
À infrene, incompta, incôndita - a emoção.

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