NÃO SE ATREVA A ME REGAR COM ESSA FORTE TEMPESTADE

Não se atreva a me regar com essa forte tempestade
Nem se atreva a me largar por entre os veios desse solo
Não procure me dispor por nobre fruto o teu consolo
Das raízes dessa terra é que tiro a tua bondade

Já não sei se por verdade ora retiro já o teu dolo
Ou se ele dado o tempo ora faz-se ser verdade
Não se atreva a soletrar o que se faz casualidade
Pois não sou assim perdido e tampouco sou tão todo

Como árvore crescida eu me retenho no que sou
E não há palavra alguma que me diga coisa além
Sou o fruto de mim mesmo, o que tenho e o que dou

Caso ainda não entenda e tente ser em vão alguém
Eu não vou lhe impedir, tenho dito que não vou
Cresça bem, preso em teu seio, cresça bem, ao longe, amém
- Contador de Histórias -

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