No leito da noite

No altar do tempo reúnem-se orações arbitrárias
Esquadrinham a fé que confiante e profética
Instila na alma toda a esperança ainda mais poética
 
No leito da noite dormitam luminescências tão estéticas,
Embebedam-se de horas vagabundas e exasperadas
Encarcerando tantas palavras astuciosas e enamoradas
 
Entre os escombros da solidão o dia reabre as pestanas
Ao silêncio que dormita num mísero gomo de luz dilacerado
Até se asfixiar num lamento, tão intimo, tão etéreo, quase adulterado
 
A cada pranto a saudade desengaveta uma lembrança emperrada
A cada emoção retrato uma caricia absurdamente desvairada
A cada dois drinks embriago-me numa brisa tão…tão apaixonada
 
FC
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