NO PULSO DO CORAÇÃO

Raizes profundas, machucadas, magoadas

No campo, no canto, da triste ilusão

Na cara da terra, suada, chorada

A lágrima é fonte de um ribeirão



Reflete-se o brilho, ofuscado, perdido

No vazio do espelho, o olhar, a emoção

Como se fosse um espinho enterrado, ferindo

Atracado, quebrado na palma da mão



Por sua lembrança, o meu riso chora

E invade a barreira da desilusão

A cabeça chora e o coração pensa

Batendo parado sem palpitação



Um risco profundo, talvez num segundo

Passar pelo muro que não tem portão

Seguir muito além, subir muito alto

No cume do pulso de um coração.

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