Nos pátios da noite

Nos pátios da noite vadia a escuridão inanimada
Ensombra o silêncio que faminto deglute cada
Gomo de solidão reprimida e horrivelmente difamada
 
Nos pátios da noite murmura um último suspiro intimado
Locomovem-se no perímetro do tempo um grosseiro
Breu oculto na disritmia deste lamento tão corriqueiro
 
Nos pátios da noite cultivam-se e decoram-se caricias
Planificam-se sevicias e estas, evidentemente propicias
Alimentam emoções que se tornam sempre vitalícias
 
Nos pátios da noite sob a derme de um enorme silêncio
Ocultam-se malfeitores, prescrevem-se crimes e delatores
Enferruja-se o tempo cheio de remorsos e predadores
 
FC
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