Novelo

 

Já amanheceu e eu nem dei conta!

Toda a noite os meus olhos não pesaram…

Revirei a minha existência na procura de uma ponta,

Prendi-me em linhas que outrora os meus pés pisaram.

 

Espectros vão surgindo em meu redor

E eu fujo de um passado que me persegue

E das lembranças transfiguradas em Dor!

Fujo… Mas de nada serve.

 

Olho para trás e não vejo ninguém…

Então, sem fôlego, recupero a calma

E tento recordar o Bem.

 

Entrevejo o esboço do teu rosto:

Tu és a lanterna da minha alma

Que desfaz este embaraçado novelo de desgosto.

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