Numa noite dessas qualquer

Nossas taças de vinho no criado-mudo

Meus olhos, olhares devoram a tua mansidão

Tiro lentamente a sua calcinha

O sutiã e as roupas ficaram espalhadas pelo chão

Desde a entrada... pela escada toda

Mas agora é o momento, o instante de sedução

Minhas  mãos escorrem sobre você

sinto sua mansidão quente, lentamente incandescer

Minha boca é coadjuvante... trago a tona

As essências... o mel, o seu néctar quente

Que alimenta a libido.... assanha os sentidos

Sua voz rouca geme como louca

viaja nos meus ouvidos... num infame êxtase

É possível sentir... ouvir as batidas

O pulsar acelerado dos nossos corações

Até o êxtase.... o delírio... o gozo

Neste ato mil juras, declarações ímpares

Atrevi- me a convidar-te para beber

Pela eternidade dessa paixão

O tempo dirá se é amor...ou somente tesão

(DiCello, 05/02/2020)

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