o catador

                                                O catador

Entre músicas natalinas que escuto distante, perto estou de um lugar ermo.

Onde minha mão rasga saco de lixo preto, chorume do perfume da produção industrial.

Esperando achar a origem do consumo adoecido, minha mão rasga por dentro mina flexões da mente que, vasculha por fora, quem vomitou todo esses pensamentos febris e alucinados em cima de nós, quando foi o dia da semana que perdemos a sanidade, onde está a causa do meu apetite insano.

Até quando esperar o raio de sol que secará o fóssil do dinossauro suburbano.

Eu dentro e em cima do lixo que compõem o absurdo da fibra social, sou um catador natalino

Que a estrela da arvore gigante de natal caia em minha cabeça, tire do estomago da maquina

Todo o produto obtuso e transforme em adubo para teu jardim de flores, que rompeu o negro saco do lixo da morte espiritual.

 

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