O olhar do silêncio

Range uma hora faminta entre as
Dobradiças deste silêncio tão abismal
Oh solene suplica quase criminal
 
A manhã desponta a olhar para todo
Aquele silêncio demasiadamente penal
Deixando este verso condenado à pena capital
 
Em bicos de pés a solidão empoleira-se
Em muitas, tantas, emoções passionais
Qual réquiem para mil desejos sensacionais
 
Atulhada em escuridões que quase putrefazem
Um breu felino e marginal, delira além esta
Avassaladora fé, que é me assustadoramente essencial
 
FC
Género: