Ondulações (II)

Passeio ameno na brisa outonal
quanta serenidade angelical 

O cheiro acre da relva recém-cortada

em pequenos montículos empilhada

 

Aqui na biblioteca bem me sinto

do infinito saber sempre faminto

 

É bela a companhia juvenil

das almas um buquê primaveril

 

Ruas enfeitadas tapetes de flores

promessas aos santos que vão nos andores

 

Sentado num rochedo à beira-mar

tão distante lonjura a contemplar

 

Grande amigo o livro que leva a sonhar

em tempos de outrora que é bom recordar

 

Jorram as palavras da imaginação

passando p'la alma e p'lo coração

 

Sª Mª Feira, junho 2018
 

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