Ondulações (XIV)

Navego nesta tarde do verão

na barca lenta da recordação

 

Como viver a vida de ninguém

imaginando um dia ser alguém?

 

As mágicas conversas ao deitar

no quarto iluminado de luar

 

De noite os sapos saem do jardim

e pulam pela rua até ao fim

 

Na aldeia romaria e devoção

na cidade diverte-se a multidão

 

O dia despertou em tom cinzento

sem chuva mas bem fresco e com vento

 

Acorda-me o cantar da passarada

já o sol ilumina a madrugada

 

No crepúsculo bailam andorinhas

a dançar no céu alegres modinhas

 

Sª Mª Feira, julho 2018

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