Os Ventos Rudes

O vento acabou,

Os lenços que sobraram,

Foi de quem não chorou

Quando o vento soprou.

Um sopro que me trouxe

Um bater diferente

Em meu coração,

Que ora falha,

Ora pede clemência.

Depois do vento,

Falta-me ar,

Falta-me vida,

Falta minh’alma opulenta.

O vento se fora.

Se ventar, será um novo vento,

Não aquele mesmo,

Que te trouxe e levou embora.

Ou seja: um outro vento,

Que me fará dispensar tudo,

Até mesmo lenços.

 

Poesia integrante do livro:  O SORRISO ELETRÔNICO E OUTRAS POESIAS

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