Outra vez arroz

Quero acima de tudo aquilo que não posso ter.

O que eu tenho, já não quero.

Se não posso ter aquilo que eu não tenho,

Como poderei querer o que é meu?

 

Com que vontade me sento à mesa , e espero pelo jantar?

Sabendo exatamente aquilo que me espera.

Ainda assim esperando, talvez,  por aquilo que não posso ter.

A minha barriga dá voltas.

Outra vez arroz.

 

 

 

 

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