Ressaca

Que tédio é este

Que me corroí

Quer na matéria, como no ânimo!?

Que zanga irada e provocadora

Da minha débil fraqueza

Traz-me apetite

De murchar na fôrca

Ou de outra forma!?

 

Não sei racicionar

A boa importãncia coberta pelo medo

Da qual ainda não descobri

Por amor submido, á veluda e carracenta nuvem

Tão proibida aí, e tão aceite por mim

 

Atiça-me a paciência

E a dissolves num mar impaciente

Naufragada, enfim!

 

Assim, já não sei descurvar

Este meu modo curvado, falido!

Nem sei por menos arrefecer nem apagar

As brasas pousadas

Em volta da culta e dotada maquineta

Cousa ultima a se desligar

Vem antes o meu pulsar

Onde o amor reside e resiste.

 

Porque não poderei eu saciar-me?

Deixando livre o meu sopro

Cá, para mim, para cá, aqui para dentro!

Deixar liberta essa graça desgraçada

Que é tão minha!?

E não sobriviver

Mas viver vivamente padecido

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