Saber Amar

 

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Nunca me enganei em amar.

O coração quer o que quer.

Às vezes acontece devagar,

Como uma rampa subindo suavemente;

E às vezes de uma vez,

Golpeando como uma flecha e cegando com ela.

Seu toque eletrificou minha alma

De uma maneira rara, eu sabia o que era.

Seus olhos se encontraram com os meus e me teve.

Seu sorriso, seu riso ...

Um gole de água gelada no deserto.

Eu estava errado em deixar minhas paredes caírem.

Não paredes do coração; Eu não tinha mais isso.

Aberto como um livro, um simples sopro de ar

Separou minhas páginas para qualquer palavra que escolhesse.

Eu destrui as paredes de mim,

O estabelecimento do eu.

Um sentimento, uma minúscula sombra

Da ostentação crescente de mim.

Nunca me enganei em amar;

Eu estava enganado em não me amar.

Paulo Fernandes

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