VIDA

VIDA

Inspiração é vida e expiração também;
ascensão é vida e queda também;
calma é vida e agitação também;
vida é vida e morte também;
dia é vida e noite também;
ação é vida e não ação também;
luta é vida e não luta também….
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Vida, tao, caminho, zen…
É simplicidade, espontaneidade, movimento, sossego, submissão,
Naturalidade, não contradição, liberdade…
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É comportamento não estudado,
Fama, obscuridade, não opressão,
Justiça, virtude, cerimónia,
À vontade, igualdade,
Compaixão, piedade.
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É descoberta, ideia não fixa,
Descondicionamento, nomeadamente
Da respiração superficial,
É grandeza, é pormenor,
É beleza, não arrogância,
Não violência, escondimento…
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Que maravilha, a sujeição livre
Permanente ao Caminho, à Perfeição
Sem sombra de intromissão da dúvida,
Por mais que tente, conscientemente ou não.
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Não me lembro de ter nascido, não nasci pois já era antes de nascer;
Não sou, és este, esse pequeno ser
Que escreve, fala, lê, come, canta, evacua, trabalha, dorme…
Sou espírito material de infindos kalpas – Não me lembro de morrer…
Mas como é real, eterno o Momento!
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Esvaziamento; contemplação;
Respiração profunda;
Simplicidade; compreensão;
Iluminação; transmissão;
Emanação; utilização !
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Humidade e secura;
Frio e calor; fogo
E água; perto e longe;
Harmonia; mole e dura;
Vitória e derrota…
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Aquele pato(a) só, mais se comportando como pessoa do que como pata(o)…
Não está só, como não o está o jovem chutando a bola nem estas pedras. Muitos sons de pássaros, carros, comboio… memória dos guardas do Parque…
Último teste feito, pequena pedra lançada para perto do pato(a), este(a) mostrou não estar doente, embora pouco tivesse voado, antes. Talvez não fosse bravo, livre… mas manso, domesticado, aprisionado e agora livre… Se era bravo, era um mistério!

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