Ezequiel francisco Silva ( Dedicado em homenagem ao amigo)
Autor: Arlete Klens on Saturday, 8 February 2014
Manhã
Não há prolongamento na vida, aceita
sei que só os outros envelhecem, convém
tive sorte, e furei as contas à morte,
sobrevivi, crescendo como quem acredita
que morrer fica um pouco mais além!
Quero morrer jovem e com muitos anos de vida
quero ir ao baile de calças à boca de sino
juntar às cervejas duas noites seguidas
acordar fresco e do amanhã fazer meu hino.
Lutar em todas as bandeiras da justiça
dizer o que convém e fazer o que me apetece
obrigar-me a marcar mais um golo noutra baliza
Dono de tudo
E special para muitos
Unico e eterno
Sempre está do nosso lado. (ccs)
Onde esta a abolição? acróstico poético
Autor: José adão Ribeiro.
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/4570843
O desejo ainda persiste
Não há ainda a liberdade
Dizer falar fazer de conta
Encontramos muitos por ai
Estar realmente livre é
Sentir na pele as verdades
Ter o prazer de ir e vir
A realidade atua não é assim
A vida desta etnia é de historias contadas
mais do que um grito
indecifrável
talvez
amor não seja
mais do que um grito
inventado nessa
raiva
afónica
nua
de um nome
anónimo
nunca gostei de rimas
meu amor
a poesia é apenas
uma panóplia de letras
esmigalhadas
que não te decifram
sabes meu amor
és apenas uma metáfora
este é o nosso segredo
aquele que nunca saberás
aquele que te conto em cada palavra
que não lês
quando a madrugada fechar o Abril
a chaimite já terá partido
encurtando caminho
e mesmo que o meu punho cerrado
não descanse na tua mão,
o Tejo que nos corre nas veias
é vermelho e quente
as gaivotas não partem