Entrevista com o nosso autor António Tê Santos

António Tê Santos nasceu em Campolide, Lisboa. Cursou Direito na Faculdade de Direito de Lisboa. Desde cedo manifestou interesse pela escrita: ainda na Instrução Primária lia em vez de ir brincar para o recreio; depois, na Escola Preparatória, com onze e doze anos, escrevia composições que eram muito apreciadas pelos professores; para além de continuar a ler muito.

- Como você escolhe os títulos para os seus livros?

R: Duma maneira geral retiro-os de expressões inscritas em poemas meus.

- Como você lida com os bloqueios criativos ou momentos de falta de inspiração?
           
R: Inicialmente adiava o poema para o dia seguinte, mas agora insisto até conseguir  a inspiração.

- Quais os autores que influenciaram a sua escrita?

R: Não sei se influenciaram a minha escrita, pelo menos que eu tenha consciência disso, mas são poetas contemporâneos que me dão grande prazer ler: António Ramos Rosa, Herberto Hélder, Eugénio de Andrade.

             
- Qual é a sua rotina diária de escrita?

R: Normalmente escrevo sempre às mesmas horas dois poemas por dia.

- Você prefere escrever à mão, no computador ou em outro meio?

R: No computador, até porque tenho uma caligrafia quase ilegível.

- Se pudesse escolher um livro para recomendar aos seus leitores, qual seria e porquê?

R: «A metamorfose» de Franz Kafka porque é um livro pleno de imaginação onde a realidade se mistura com o onírico.

- Você acha que a escrita é mais um talento inato ou uma habilidade que pode ser aprendida e aprimorada ao longo do tempo?

R: As duas vertentes, ou seja, começa por ser um talento inato, mas sem um aprimoramento temporal ficar-se-á quase sempre num nível relativamente básico.