Folhas que caem

Folhas que caem

 

Nas dobras do tempo

Soltam-se as folhas

Que caem singelas

Em piso molhado

Umas redondas avermelhadas

Outras amarelas aveludadas

Outras verdes,  acastanhadas

Carnudas, pontiagudas

Caem no chão

Cobrem o solo cinzento

Da cor do outono

São semelhantes

Mas todas diferentes

São poemas de amor

Que o vento deixa

Aqui e acolá

Nos olhos de quem espera flores

Voam folhas de Outono

Por entre as chuvas

Deixando o perfume

De quem tem fome de amor

Caem singelas

As folhas já molhadas

Trazendo amor e temperança

Às almas doces e perfumadas

Da incerta e trémula esperança!

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