Memórias

Interrogo me por vezes quando as recordações do que já vivi assaltam a minha mente, desprovidas de aviso, fazem-me achar que às vezes uma desilusão não será também uma dor física, um aperto no peito quase a sufocar pelas palavras que se mantém vivas e presentes. As dores de um coração sangrado pelas feridas de alguém que sem noção (prefiro pensar assim) um dia me magoou. 
Porque será que as pessoas se sentem tão há vontade para nos usar e magoar a seu belo prazer? Quando não servimos mais nos largam há deriva e entregues a nossa dor, e mostram ao mundo que os falhados somos nós de tentar fazer de uma pedra de rua, uma pedra de um castelo. 
Não, não fui eu que falhei, foste tu que não estiveste há minha altura. 
As dores físicas doem, mas acalmam quando anestesiadas, mas e as dores psicológica como se curam ou apaziguam? Essas dores corroem até ao ínfimo pormenor da lembrança que teima em não desaparecer.
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