Ombros de verão

Fala para mim do par que descortinava segredos
Na avaria de raciocínio com fragatas do uso de fundir-se,
Fala das profanidades coleadas pelas poesias montesinas
Liadas em cimalhas de ripas pisadas na agudeza mítica
De todas as boas juras nossas.

Em vão trincaste-me a mim e em vão trinquei-te a ti,
Decerto houve o emergir dum
No submergir doutro,
Decerto não!
Quem em dor do decepar viu sua cabeça primeiro?
O dizer fogo marroquim afigura a culpa?

Obrigo-te a obrigar-me a acastelar nossos remorsos
Ao lado da rapsódia que desmaiou um reflexo
No golpe do ler
Tão como no flutuar de lábios no sono do sorriso,
Só que dolorido pede adeus ao que aqui fica,
Monta na incerteza um medo,
Fere e faz as pazes dalgum futuro trapaceiro

Mundo rolo ladeira abaixo do inverno
Fechar olhos no dormir enxergar sonhos

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