Pilar dos silêncios

Entre o pilar dos silêncios dormita um silêncio
sereno e enamorado
Nas (in)quietudes de cada hora badalam
sessenta segundos resignados
São a mais bela sinapse dos neurónios vadiando
num facho de luz delicado
 
Na janela da alma abeiram-se emoções defenestradas
pela solidão embalsamada
Circundam a elíptica palavra desenhada entre os
escombros de uma prece desnudada
Escondem-se no mais recôndito eco resvalando pela
docilidade de uma gargalhada asfixiada
 
FC
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