Pingaram em mim a morte

A dor escreve calmas letras no peito que não pertence mais a mim,
Definha como broto que não vinga
Ou como tempos de veraneios que perdem-se
Por culpa dum olhar caído.

Mesmo as sobras alguém quer para lembrar,
Sei o que é a morte a cada segundo,
Quando respiro relembro das datas escondidas,
Só secou o meu espírito
E minha alma é sacrificada nesta mal vinda noite.

Não há mais versos para vir em meus lábios
Nem melodias para os meus ouvidos,
Mas posso dizer-te,
Jamais serei o que fica
Porque do longe já sou
A palavra que viveu forte
E viverá imbatível em meu peito
De campeão quedado
Que conheceu a vitória
No golpe fatal da morte.

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