A sereia

A sereia

 

Vejo um rio que desce do céu

Bordado de águas cristalinas

E tu navegas por entre as águas

Flutuas em barco sem remo

Transportando a bordo brisas de paz

É o tempo da travessia

Confrontar estrelas

Pescar tesouros no mar revolto

Encontrar pérolas raras

Na lua vestida de prata

Uma sereia anda à deriva

Nesse barco sem remo nem rumo

Leva consigo um coração gelado

Uma vela que acolhe o vento

Que ajusta o mastro da sua alma

Neste rio que lhe tira a paz

Neste rio que também a acalma

No silêncio que a agonia

Leva o barco ao ermo

Procura seu porto seguro.

Onde o mar casa com o céu

E a aurora com a poesia

Então encontra os remos

Rima um verso ao luar

Lágrimas soltam-se no rosto da sereia

Seu barco perde-se nas rochas

Está agora à deriva no mar!

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