Silêncio de paz

Silencio de paz

 

Vagueio nas páginas rasgadas

De um velho livro

Oculto em meu olhar

A poesia de amor incontido

Transbordou!

Este contagiante enredo poético

Está agora submerso

Abro a janela, para ver nascer a aurora

Tento povoar-te docemente

No horizonte das minhas lembranças

Urgem versos envoltos em véus

Que descortinam os segredos de outrora

Uma voz emudecida retém as palavras

Encravadas na minha garganta

Tento buscar refúgio em meus pensamentos

Mas desmaio no silêncio do teu coração

Os nossos papéis são o único elo que nos une

Neste mundo de sonho e emoção

Sofro minhas dores em diferentes batalhas

Aguardando o tão esperado silêncio de paz

Nas cinzas que o vento espalha aqui e acolá

reduzindo a pó os poemas e também quem os faz!

 

 

Zélia neves

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