Trovoadas de Verão

Está calor e troveja ao longe.

São duas da manhã

e um banco de névoa desce a encosta cobrindo tudo à sua passagem.

Como um mar de neblina cinzenta

atravessa os rios, varre estradas e move-se...

...move-se como um espectro, ou uma espécie de entidade.

E eu, de pé, aguardo que me envolva também no seu silêncio misterioso e frio.

Cai uma leve chuva de verão, em harmonia com os ritmos da natureza.

Afinal, esta chuva e esta bruma compoem a minha própria sinfonia.

E há algo neste silêncio que é calmante

de uma forma que não sei transmitir...

mas sei que a cada raio que cai e a cada trovão que se ouve

nasce um novo guerreiro

pois atrás da névoa hipnótica e calmante

pode ocultar-se uma noite de tempestades.

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