Poesia Visual

LIVRE EM EM PAZ

Eu não tenho medo da morte
Alias, eu nunca tive!
Meu medo é depois, pois com a minha sorte
talvez eu não consiga descansar em paz... e livre.

Sim, livre! Como ansiaram,
desesperadamente os escravos negros.
E continuaram escravos juntamente com brancos, mulatos, mestiços...
Livre, como os que voam sem necessidades de motores, amarras, colas ou pregos.
Como pássaros!
Há neles qualquer coisa de milagres ou feitiços.

DESEQUILIBRIO

“Uma esmola pelo amor de Deus!”
Com uma criança tão nova nos braços seus
magra,faminta e cigarros no bolso
implora auxilio misturado com soluço.

Ah! coração humano sofredor
embora cansado de tanta dor
diante da cena não passa indiferente
pois sabe do sentimento que apossa a mente.

È durante essas ocasiões
que sente as mais variadas reações.
Segue cabisbaixo, com asco do povão
que corre desgovernado atrás do cifrão.

PAZ E AMOR

Hoje eu não quero ouvir nem ver

qualquer coisa que se relacione a violência.

Meu coração está calmo e todo o meu ser

está puro como a própria inocência.

Hoje eu só quero amor.

Hoje eu só quero paz.

Hoje eu não aceito nem mesmo a dor

de quem já não sofre mais.

Hoje minha vista é colorida

e todo meu caminho um arco-íris.

Hoje eu beijo a vida

como um beija-flor feliz.

E canto como nunca cantei antes

sem mesmo precisar abrir a boca;

hoje o meu semblante

PARAISO

Eu por você, vejo coisas que eu próprio não acredito.
Eu com você, faço coisas que só quem ama acha bonito.
Eu e você, temos todo o universo e o infinito.

Eu tenho no teu ser todo um poema escrito
-você , outra vida essa vida alimentada a peito
E eu todo alegre e satisfeito fechando o triangulo perfeito.

Eu tenho no meu cérebro um gênio implodido
Que ama a natureza e vive escondido
Por medo das correntes do sujeito comprometido.

DE CARA LIMPA

Faço de mim o que posso

me desdobro, me viro , desviro.

Tudo para manter-me como sou :

-Nu e cru; sem meias interpretações.

Amem-me ou refutem-me, que importa ?

O importante é se me aceitarem assim

estarei devidamente recompensado.

Façam a mim tudo o que puderem

se desdobrem. virem e desvirem-se,

mas mantenham-se sãos :

Agua e vermelho

“Agua e vermelho”
Deitei a mão no espeto de ferro
E ouvi um grito no oceano lá no fundo
Nesses céus marinhos!
Cavei na terra um buraco e coloquei uma
Árvore deitada; para amanhã ter o gosto
Da esperança e a luz de um caminho no
Sangue…
Enfeitei o corpo; de floresta abandonada, e
Corri no meio da lua sem que o tempo me
Visse e; a púrpura do por do sol veio ao meu
Encontro como quem beija a luz do dia,
No ultimo segundo de vida!
Como quem queima os olhos com fogo;
Um jardim abandonado no coração e

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