Prosa Poética

Cafeína da madrugada

Sossegadamente encosto-me
 
nas tuas gentis persianas
 
por onde respiro ténues perfumes
 
suavizados nos ventos surgidos além
 
repletos
 
com ganas de ti
 
possuindo-nos levemente tropicais
 
outras vezes
 
indubitavelmente espirituais
 
 
– Quero hoje
 
todo o silêncio só pra mim
 

P-E-R-D-A

Perdoem-me por ser eu,

por não ter a palavra certa , nem a atitude mais correcta

Perdoem-me por ser escravo do meu subconsciente ,

por ser prisioneiro de uma crença que me consome e se revela cada vez mais errada

Perdoem-me por viver à minha maneira e por sentir...perdoem-me por sentir,

pela crueldade da minha própria existência

Servo de caprichos, sonhos e ilusões que se esfumam num simples parecer

As vontades de quem acredita podem não ser possivéis

mas sempre se poderão tornar no inicio de uma nova história.

 

Deja Vu

Nesta dialéctica emocionante
 
onde guardamos palavras de amor
 
quase secreto e tão empolgante
 
verbalizamos em tons de verdade
 
as coisas simples deixadas
 
a esmo entre o guarda-roupa
 
entreaberto à solidão
 
e nossas vestes que se despem
 
impregnadas de alegrias
 
desejos, muitos
 
e abraços mitigantes quase

Palavras no infinito

Reparti por mil
 
quaisquer beijos que
 
inflingiste neste ser imperfeito de mim
 
Engalfinhei-me  em ti
 
navegando todo teu quotidiano
 
ao sabor dos ventos
 
saboreando-te meio avessa
 
inteira, toda táctil
 
impossibilitando-me qualquer fuga
 
 
- Urgente era simplesmente
 

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