08/07

A chuva passou, mas o temporal , bom, esse eu sei que ainda não se vai de dentro de mim. 

Sai para contemplar a mudança de clima que estava a se passar lá fora como filme onde o mocinho passa pelo fio da morte, mas consegue escapar e voltar a vida. Com o seu amor ou sem o seu amor, mas ele volta a mesma. O espaçar das nuvens vão promovendo o desejo de um próximo capítulo em minha vida, então passo a desejar e registrar cada raio solar em minha memória fotográfica como uma centelha de esperança para essa vida que habito. 

Lindas são as gotas se apoiando em meu varal, refletindo a luz de um novo clima mesmo não fazendo parte dele, mesmo sabendo que sua beleza estará ali temporariamente, elas permanecem no desejo de enfeitar e na consciência de cair e desaparecer. Há quem diga que sou um pouco pessimista, ora, afinal … “a eternidade está nos olhos de quem vê!!”

Não irei concordar, muito menos discordar. Mamãe sempre disse: Filho, cuidado com a verdade de cada um.

Saudades Mãe.

Mas voltando, que belo dia faz agora nesse mesmo dia, vi a morte e a vida trocando carinhos em meio a agonia da alternância de quem os assistia. Que sádicos, brincando com o caos. Uma parte minha achou maravilhoso tudo isso a outra se assustou, tipo a vida e a morte, cheguei a conclusão do quão sádico posso ser comigo mesmo 

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