Afogo-me

 

Afogo-me

Autor: Carlos Magno S. Costa

 

Tristes sonhos, falsos projetos, imaginação dolorida de quem dorme pensando naquele doce menino, que, ousou usar-te como step para suas longas viagens da vida.
Rosto lindo, coração negro, como pôde ser tão cruel e pular fora de nosso ninho de aconchego?
Afogo-me. Sim! Afogo-me.

Lindos olhos, doce beijo, quente abraço.
Arrastaste-me para um lago fundo de águas escuras, afogo-me incessantemente gritando seu nome.
Por um momento, Percebo o quão seguro estás em seu barco, enquanto pereço lentamente...
Afogo-me. Sim! Afogo-me.

Passaram-se os dias, dormir não significara mais descanso, apenas um convite para uma triste interpretação de amor.
Relâmpagos lembram-me você, pois este lindo fenômeno te assustara.
Igualar-te ao seu medo, pois como um flash de luz, apareceste rapidamente em minha vida.
Sua atitude soou como um forte barulho, que intimidara meu orgulho, trazendo-me terror.
Afogo-me. Sim! Afogo-me.

Vejo-te sorrindo, enquanto afogo-me em lágrimas de perda.
Vejo-te celebrando a liberdade, enquanto procuro-te em minha cama vazia em dias frios.
Acordo e vejo-me envolvido em travesseiros que ainda carregam seu cheiro
Quem me dera ter a coragem de lavá-los um dia...
Enquanto isso...
Afogo-me. Sim! Afogo-me.

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