Ao despertar

 

 

 

 

Querias tu, fechado, o meu peito

Como barras de ferro tapando o dia…

Que fosse, de mim, Homem perfeito

Sem peito, dono que ali batia

 

Que a carne se transformasse em terra

O sangue, em água poluída

Das mãos, a forma que elegesse a guerra

E do coração, uma pedra possuída

 

Mas, de mim, a posse é amor

Sem palavras, jardim em flor

Aromas silvestres, tresloucadas quimeras

 

Ao despertar da luz, ângulos de pedra construí

Toquei a Alma, acordei e adormeci

Sobre uma tela de sonho, onde pinto Primaveras…

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