Bucólica espera

 

E este imenso mar abalroa o meu olhar

Sonantes ondas transpõem o meu ser

De profundidade sedento,

Jamais desenhada na superficialidade desta realidade,

Que me afoga com desdém

E inerte olhando para esta sua imensidão

A minha alma finalmente encontra,

Aquela paz que o meu ser escabrosamente anseia

E assim permaneço desejando somente

Reencontrar nas suas intempestuosas vagas

Aquele silêncio que absurdamente me envolve,

E me devolve o breu desta vida

Que não entendo e teimo em não recordar

No olhar que apenas o mar abraça... 

 

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