Cantos Rústicos (II)

 

Deleita-se a flor ao ver o pardal

num voo lesto tão celestial.

 

Nadam no rio os rapazes a rir

secando-se ao sol do amor que há-de vir.

 

Afasta-se o pai do filho que chora

temendo a ausência e a longa demora.

 

A criança perdida se encontrou

o anjo da guarda p’la mão a levou.

 

É grande a festa no bosque ridente

com a fauna a flora e da aldeia a gente.

 

Riem as aves no céu a voar

e alegram-se as rãs em seu coaxar.

 

À sombra no jardim dorme o menino

embalado p’los sonhos do destino.

 

A mãe o filho vela sossegado

ao ternurento olhar sempre adorado.

 

Sª Mª Feira, agosto 2018

 

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